As apostas esportivas sofreram um revés no Canadá. Recentemente, a Comissão de Álcool e Jogos de Ontário (AGCO) determinou que todos os operadores da região parem de oferecer apostas no Ultimate Fighting Championship (UFC) por suspeita de quebra no código de ética do esporte.
O problema surgiu em outubro. Naquele mês, a UFC mudou as suas regras para proibir os lutadores de apostar nos eventos em que estão diretamente envolvidos. A regra, apesar de básica em muitos países com apostas esportivas, acabou gerando questionamentos pelos órgãos de segurança do Canadá.
Nas últimos semanas, uma investigação da AGCO identificou “supostos incidentes divulgados, incluindo possíveis apostas de membros do UFC, bem como relatórios de padrões de apostas suspeitos em outras jurisdições”. Ainda que a organização não tenha revelado mais informações sobre os casos suspeitos, a apuração gerou preocupação da sociedade.
Isso aconteceu por causa das brechas nas regras do UFC. Diferentemente dos atletas, treinadores, gerentes, manipuladores, agentes esportivos e equipe médica do esporte são liberados pela organização para apostar.
A falta de rigidez na fiscalização da competição mais prestigiada do MMA tem provocado preocupação, aliás, não só no Canadá. No último mês, uma luta da categoria entre Darrick Minner e Shayilan Nuerdanbieke virou alvo de uma investigação da U.S Integrity, empresa estadunidense especializada em integridade esportiva, por manipulação de resultados.
As regras da AGCO
Diferentemente do UFC, a AGCO conta com um conjunto amplo de regras destinadas a proteger a integridade esportiva em Ontário – região que regulamentou as apostas esportivas em 4 de abril deste ano.
Todos os eventos esportivos de Ontário com apostas “devem ser efetivamente supervisionados por um órgão regulador do esporte que deve, no mínimo, prescrever regras finais e fazer cumprir códigos de conduta que incluam proibições de apostas por pessoas de dentro”.
Além disso, as competições devem possuir “salvaguardas de integridade suficientes para mitigar o risco de manipulação de resultados, trapaça no jogo e outras atividades ilícitas que possam influenciar o resultado da aposta em eventos”.